sábado, 14 de fevereiro de 2009

o Pelourinho


por Célio de Abreu


Não se pode falar em construção de prédio de Câmara e Cadeia, sem fazermos alguma alusão ao pelourinho, que servia de marco, desde o Brasil-Colônia, a moradores e forasteiros que na localidade havia Lei e se 'pagava caro' pela sua desobediência.

Mas como sabemos, os pelourinhos espalhados por todo Brasil acabaram por servir apenas para castigo e humilhação a negros, por faltas cometidas aos seus proprietários ou a terceiros.

Peça com aproximadamente três metros de altura com correntes e argolas de ferro no topo, tinha este nome, provavelmente por ter sob sua estrutura de pedra ou madeira de lei uma bola ou pelouro, aos moldes de antiga prática eleitoral ao qual se depositava o voto do eleitor dentro de um pelouro de cêra.

Não temos ainda com exatidão o local em que foi erigido este tronco, sendo que a tradição nos aponta dois locais diferentes: ou nas praças da Matriz, como encontramos na cidade de Salvador e outras, ou nos largos do Mercado, como encontramos na cidade de Porto Alegre.

Cremos que em nosso caso estava localizado onde está o coreto da praça da Matriz e não no Largo do Mercado ao lado da cadeia velha, local este, onde provavelmente se realizava os leilões e outros negócios com escravos.

Num documento encontrado em Paraibuna podemos ler: "...Aos 17 de fevereiro de 1865(... ) em minha presença (... ) por não ter encontrado lance para a mulatinha penhorada se fará outro leilão amanhã..."

Foto: Nelson Wisnik
. Paraibuna

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